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Pandemia pode acabar com 200 milhões de empregos no mundo, segundo OIT

Organização estima que aproximadamente 38% da força de trabalho global esteja em setores que estão enfrentando uma forte queda na produção

Em meio a uma forte crise sem precedentes e intensificada pela suspensão de uma parcela considerável do comércio, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que a pandemia do novo coronavírus acabe com até 200 milhões de empregos no mundo.

Esse número era bem menor no início de março, quando a organização previu um número de aproximadamente 25 milhões, caso os governos atuassem rapidamente para proteger os trabalhadores.

A partir daí, os países correram para implementar soluções fiscais e monetárias, porém a parte mais sensível, os empregos, mostram cada vez mais que estão sofrendo altas quedas.

O número de horas trabalhadas caíram fortemente desde o primeiro dia do mês de abril, de acordo com a OIT, e deve registrar uma queda de 6,7% no segundo trimestre de 2020, segundo previsões da organização, o que equivale a aproximadamente 200 milhões de trabalhadores em tempo integral.

A OIT estima que quase 38% da força de trabalho mundial (1,25 bilhão de trabalhadores) estejam empregados em setores que agora enfrentam uma forte queda de produção. Os principais incluem comércio varejista, serviços de alojamento e alimentação e manufatura.

As medidas de isolamento tomadas pelos países para evitar o aumento elevado da transmissão do Covid-19 afetam aproximadamente 2,7 bilhões de trabalhadores, segundo a OIT, o que representa mais de 80% da força de trabalho mundial

“Empresas de vários setores econômicos estão enfrentando perdas catastróficas, que ameaçam sua operações e sua solvência, especialmente as menores. Enquanto isso, milhões de trabalhadores estão vulneráveis, sobretudo no setor informal da economia, a perdas de renda e demissões”, diz a OIT em relatório divulgado na terça-feira, 7 de abril.

A organização defende o uso de recursos públicos, porém de forma limitada, para incentivar a retenção de empregos: “Particularmente nos países de baixa e média renda, os setores mais afetados têm uma alta proporção de trabalhadores informais ou com acesso limitado a serviços de saúde e proteção social. Sem medidas políticas apropriadas, eles enfrentam um alto risco de cair na pobreza e terão maiores desafios para recuperar seus meios de subsistência”

A organização ressalta que o número total das perdas anuais de empregos dependerá da evolução da pandemia e das medidas para diminuir seu impacto.

Fonte:Exame

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